Câncer, DPOC, além de muitas outras complicações relacionadas ao cigarro, ainda matam 10 mil pessoas diariamente no País
Foto: sxc.hu |
Estudos revelam que o tabagismo está responsável por 30% das mortes por câncer em geral, 90% por câncer de pulmão, 25% por doenças coronarianas, 85% por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e 25% por complicações cérebro vasculares. "No mundo, o câncer de pulmão permanece como uma doença altamente letal", comenta Silvana Gotardo, especialista em Oncologia e Radioterapia pelo Hospital do Câncer de São Paulo, e diretora médica da Oncoclin.
Considerado a principal causa de morte evitável no planeta, o tabaco atinge um terço da população adulta mundial: estima-se que 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes.
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A nicotina - uma entre as cerca de 4.700 substâncias nocivas encontradas no cigarro, - ainda é a principal responsável por causar a dependência. Com sua ingestão contínua, pesquisas apontam que o cérebro se adapta e passa a necessitar de doses cada vez maiores. "Esse efeito é chamado de tolerância à droga", explica Ana Maria.
"É a nicotina que gera a sensação de prazer no organismo", complementa Sérgio Cardoso, pneumologista e Coordenador do Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo (Prev Fumo), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dra. Silvana: "Câncer de pulmão é altamente letal" Foto: Divulgação |
Para aqueles que acreditam que há diferença entre fumantes - de um maço de cigarros ou de apenas um cigarro por dia - enganam-se! "Claro que quanto maior é o consumo, maiores são as chances de adquirir complicações, mas os riscos existem para todos", ressalta.
Outro fator que ainda influencia o ingresso no vício é o exemplo familiar.
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Dependência psicológica
Para Leonardo Mascaro, psicólogo e mestre em Neurociências pelo Instituto de Psicologia da USP, o vício do cigarro está ligado a certo conflito psicológico. "Ainda que haja necessidade química, o paciente tabagista busca, de maneira errônea, administrar temas de sua vida com os quais não consegue lidar", ressalta. Do ponto de vista neurofisiológico, tanto a nicotina quanto a cafeína - quem fuma, normalmente bebe muito café - têm efeito estimulante sob o cérebro.
Segundo ele, os estudos realizados até hoje apontam a razão para uma somatória de variáveis que, operando em conjunto, estão por trás da droga-adição. "São desde fatores genéticos até sociais e, como qualquer outro problema, é preciso buscar tratamento", complementa.
Conseqüências físicas
As demais partes do corpo também refletem as agressões do tabaco. É o que explica Ruth Clapauch, endocrinologista e metabolista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo. "Osteoporose e diminuição da fertilidade são alguns dos principais riscos dos tabagistas", conta. "Aumento da produção de hormônios pela tireóide e alterações oculares ligadas a problemas da glândula, também são conseqüências da dependência", ressalta.
Dra. Paula:"Fumantes têm mais rugas" Foto: Divulgação |
Para Paula Penna, dermatologista pela Unifesp e especialista pela Thomas Jefferson University - Filadélfia (USA), pele, cabelo, mãos e lábios de fumantes são facilmente identificados. "Tabagistas têm a pele envelhecida, os dentes e as pontas dos dedos amarelados, pequenos vasos pelo corpo, além de muito mais rugas - principalmente em volta da boca", explica.
Nuno: "Cigarro dificulta abastecimento das células" Foto: Divulgação |
Embora o Brasil seja o segundo produtor e o maior exportador mundial de tabaco, o país é reconhecido internacionalmente pela luta e controle do tabagismo.
Conheça algumas destas políticas!
Para aqueles que desejam parar de fumar, há diversas entidades especializadas que, junto a profissionais qualificados, realizam trabalhos gratuitos em prol do fim do vício. Veja!
Além da nicotina, alcatrão e monóxido de carbono existem outras substâncias radioativas, como polônio 210 e cádmio - usado em baterias de carros Após 20 minutos sem fumar, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal Depois de dois dias sem cigarro, há melhor sensibilidade do olfato e paladar, depois de três semanas, melhoram a respiração e a circulação e, após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio cai pela metade. Fontes: OMS e Ministério da Saúde |
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